SINDICATO NO WHATSAPP

Notícias

Voltar
Postado em: 10/05/2018 - 09h30 | Redação

No ano em que o País comemora 130 anos de abolição, trabalhadores lutam contra precarização

No próximo domingo, 13 de maio, são comemorados os 130 anos da abolição da escravatura. 

A data deveria ser motivo de comemoração, afinal, esse triste período da história do País acabou. No entanto, a discriminação racial e a exploração operária se mantêm.

“A luta da classe trabalhadora por seus direitos tem sido árdua.  No último ano os embates entre capital e trabalho têm sido constantes e os que mais sofrem são os negros, que, em geral, têm os piores salários”, avalia Rosana Sousa Fernandes, secretária de Imprensa do Sindicato.

Em abril, a Secretaria Nacional de Combate ao Racismo, da CUT (Central Única dos Trabalhadores), realizou o seminário “A abolição inacabada – 130 anos e a permanência do racismo”, em São Luís, no Maranhão.

Dois dirigentes do nosso Sindicato participaram do encontro: Rosana Sousa Fernandes, representando a CUT, e Alex Fonseca, representando a CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico).

Rosana, que é secretária nacional adjunta de Combate ao Racismo da CUT, mediou a mesa de abertura do evento, que debateu “ações de combate ao racismo e de resgate da história dos negros”.  

Martius das Chagas, secretário nacional de Combate ao Racismo, do PT, participou dessa mesa e falou sobre a importância das políticas afirmativas dos governos Lula e Dilma na vida da população negra. Dados apresentados por ele demonstram que a presença de negros nas universidades cresceu 268% nesse período.

O deputado Zé Inácio (PT), autor da lei que instituiu feriado estadual no Dia da Consciência Negra, relatou o trabalho em parceria com o governo do Maranhão para ampliar as conquistas no âmbito da promoção da igualdade racial, como a instituição de cotas para concursos públicos do Legislativo.

O objetivo do evento foi aprimorar o conhecimento sobre a história da África e sua contribuição para o desenvolvimento do Brasil; discutir o golpe de estado que destituiu a presidenta Dilma Rousseff e as consequências para os negros e as negras da usurpação do cargo de presidente da República pelo grupo neoliberal liderado por Michel Temer; além de debater o racismo institucional e ações concretas para o enfrentamento dos retrocessos e ataques aos direitos que vêm sendo implementados desde 2016.